A adequada relação médico/paciente é fundamental para a efetividade do atendimento, especialmente porque aproxima a ambos e faz com que se sintam acolhidos, seguros e satisfeitos.

Entretanto, na prática, é comum a ocorrência de conflitos entre médicos e pacientes. Isso acontece, por exemplo, quando o paciente chega ao consultório com um diagnóstico retirado da internet, desejando que lhe seja prescrita determinada medicação, exame ou terapias específicas, que não correspondem à visão do profissional; ou atribui a responsabilidade pelo problema de saúde ao médico, alegando que o profissional não sabe lidar com a situação de modo eficaz.

Também pode acontecer o desgaste no relacionamento quando as recomendações médicas são desobedecidas pelo paciente, gerando limitações no tratamento e fazendo com que o profissional sinta-se desconfortável em prosseguir com os atendimentos. A negligência do paciente pode ser confundida com ineficácia do tratamento, trazendo problemas ao profissional.

Estas situações interferem na relação médico/paciente, pois prejudicam a confiança que deve haver entre as partes.
Por isso, sempre que houver algum conflito relacionado ao paciente e/ou sua família, que possa comprometer a relação de confiança entre as partes, o médico pode se recusar a continuar o atendimento ou tratamento.

Por outro lado, o médico não poderá recusar atendimento diante da ausência de outro médico, em casos de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente.